Decerto, você já ouviu alguma vez esse termo, ainda mais se o rock for um dos seus gêneros musicais favoritos. Nesse sentido o clube do 27 surge como um fenômeno cultural já que “misteriosamente” grandes promessas da música morreram nessa idade.
Mas será que essas mortes não estavam premeditadas? Muitas teorias conspiratórias surgiram por essa curiosa coincidência, ainda mais depois da morte da mais recente integrante do clube: Amy whinehouse. Entretanto, acima do que diz as teorias conspiratórias sobre a morte desses jovens artistas, todos eles compartilhavam uma coisa em comum: a depressão.
Como a fama afeta a saúde mental das pessoas?
Estar no centro dos holofotes em princípio pode parecer superinteressante para muitas pessoas, principalmente pela parte econômica e algumas facilidades. Porém, a fama num mundo altamente tecnológico pode ser também muito destrutiva.
Nesse sentido, os artistas do clube dos 27 compartem o mesmo fenômeno, o sucesso e a fama quase que instantânea. Ou seja, a transição entre o completo anonimato e a fama internacional serviram como gatilho para muitos problemas relacionados a saúde mental e dependência de drogas. Desse modo, entram na grande lista de desajustados famosos: Kurt Kobain, Janis Joplin, Jimi Hendrix e outros artistas consagrados.
Por que se deprimem os famosos?
Com uma visão simplista dessa doença mental, a primeira reação seria a de descrença. Por que pessoas com reconhecimento público, sucesso profissional e vidas financeiramente estáveis deveriam sentir-se deprimidas?
Porém a depressão, uma doença mental que vem recebendo uma maior atenção recentemente possui diversos gatilhos e expressões na nossa sociedade. Nesse sentido, antes que nos surpreendamos ao ver que uma pessoa famosa sofre, devemos levar em consideração dois fatores que influenciam essa condição. Em primeiro lugar, a predisposição genética que consiste em um elemento comprovado e que pode levar à depressão em um ambiente propício. Logo entraria a resiliência que configura a capacidade de enfrentar o estresse e as mudanças e independe do nível social de cada um. Ou seja, veja como a pessoa reage às circunstâncias que a cercam e há pessoas que se adaptam melhor ou pior aos contratempos.
Não importa a fama, mas sim a personalidade, assim era no Clube do 27
Portanto, dependendo da personalidade, mesmo alguém da realeza, apesar de ter tudo resolvido, poderá encontrar-se em um quadro de depressão. Isso por que cada pessoa percebe e entende a vida de uma maneira individual e alguns problemas podem parecer intermináveis na cabeça de algumas pessoas.
Assim sendo, poderíamos usar o exemplo de uma viagem. Ou seja, algumas pessoas experimentam um grande estresse na hora de fazer a mala e isso representa dias pensando e organizando. Em contrapartida, outras pessoas não dão importância a esse detalhe e em dois minutos poderão terminar suas malas. Dessa mesma maneira, perfeccionistas ou tipos de pessoas com alto senso de responsabilidade ou também aquela que gostam de controlar situações, podem sofrer mais se as coisas derem errado em relação ao que planejaram.
Existe um maior risco para pessoas extremamente criativas e de sucesso
Em suma, diversos estudos realizados concluíram que pessoas com sensibilidade ou criatividade artística, como atores, pintores ou cantores, podem ter maior predisposição à doença mental. Desse modo, diferentes teorias são tratadas sobre esta causa-efeito como a predisposição ao abuso de drogas. Mas em geral, parece que as pessoas que se concentram mais nos detalhes e vivenciam as emoções com maior intensidade são mais propensas a vivenciarem casos de depressão.
Ademais, somado às diversas situações que porventura vivam em seu ambiente, podem causar um estado de depressão perene. Neste sentido, o sucesso repentino dos grandes artistas do clube do 27 cobrou um preço muito elevado desses jovens e prometedores artistas: suas próprias vidas.