Uma menina com uma rara mutação genética chocou a comunidade científica e o caso ficou conhecido como a garota biônica. Com uma grande semelhança a uma super-heroína de uma história em quadrinhos a menina inglesa Farnsworth é um exemplo de como uma mutação genética pode influir muito na vida de uma pessoa.
Por isso, nesse artigo vamos contar a história dessa menina e como ela se tornou famosa na comunidade científica. Incapaz de sentir dor, fome e sono, ela é uma das poucas pessoas registradas na história médica que desenvolveram essa rara má formação genética.
O que são os cromossomos
Antes mesmo de apresentar o caso da menina biônica precisamos recapitular alguns conceitos de biologia. Todo material vivo e até mesmo os vírus (será que eles estão vivos) apresentam algum tipo de material genético. Normalmente esse material genético está organizando em genes que quando unidos formam um cromossomo.
Mas o que um cromossomo tem a ver com a garota biônica? Tudo! E não apenas com esse raro caso de má formação genética mas como se desenvolve a vida no geral. Ou seja, eles contêm a informação genética de como deve se comportar cada célula do nosso corpo. Por isso, no caso de Olivia, a menina apresenta um caso de má formação genética com a deleção do cromossomo número 6.
Por que Olivia Farnsworth é a garota Biônica?
Em um dos casos raros de deleção do cromossomo número 6, a garota inglesa ficou conhecida mundialmente como garota biônica pelos sintomas ocasionados dessa mutação. Ou seja, ela não sente sono, fome, dor ou medo e precisa ter uma atenção redobrada dos seus pais para poder viver uma vida normal.
Um caso que parece o roteiro de ficção científica, Olivia precisa tomar remédios soníferos para dormir todos os dias. Além do mais, precisa tomar um cuidado extra na hora de praticar algum tipo de atividade já que é incapaz de sentir dor. De fato, frequentemente precisa ir no hospital por não apresentar queixas até mesmo de um simples resfriado.
Nesse contexto, uma vez foi atropelada e arrastada por um carro enquanto brincava em frente de casa, levantando-se logo em seguida sem nenhum tipo de queixa ou até mesmo lágrima. Segundo o relatório médico, ela além de apresentar uma série de feridas superficiais, não quebrou nenhum osso porque no momento do impacto não tensionou o corpo, uma reação normal das pessoas, o que minimizou a tensão do impacto evitando assim de que quebrará algum osso.
Qualquer pessoa poderia desenvolver a doença rara da garota biônica
O que ocorreu com a menina inglesa poderia ocorrer com qualquer pessoa, mas Olivia é uma excepção por ter sobrevivido a essa má formação. Por isso a história da menina teve uma grande repercussão na comunidade científica.
Em outras palavras, má formações genéticas ocorrem com bastante frequência durante o período de gestação. Contudo, quando isso ocorre, normalmente o próprio organismo impede o desenvolvimento do feto produzindo um aborto espontâneo. Isso ocorre de forma natural como uma maneria da natureza de não permitir que indivíduos com problemas genéticos passem a diante um tipo de DNA defeituoso. Porém, Olivia é um caso raro e sobreviveu até mesmo o que poderia ser um destino normal de muitos outros casos de deleção do cromossomo número 6.